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    Michael Winters, o Taylor Doose, conta tudo sobre Gilmore Girls

    Em entrevista ao Entertainment Tonight, o ator falou de sua trajetória em Gilmore Girls, qual namorado da Rory é seu favorito e se voltaria a reviver seu personagem em Stars Hollow.

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    por Rachel McRady‍

    Todos os anos o canal americano UPtv faz uma maratona dos 153 episódios clássicos de Gilmore Girls e dos 4 telefilmes do revival. E eles sempre trazem uma estrela da série para as chamadas que passam durante os comerciais. Esse ano o escolhido foi o Michael Winters, que interpreta o guardião da cidade e dono do Mercado Doose, Taylor.

    O site do Entertainment Tonight fez uma entrevista exclusiva com o ator, que falou sobre os momentos inesquecíveis como Taylor Doose e dos assuntos mais comentados entre os fãs. Confira a seguir:

    Entertainment Tonight: Estamos muito animados para essa maratona. Sabemos que nessa época do ano as pessoas adoram assistir Gilmore Girls. A cada ano que passa o interesse só aumenta. A quem você credita isso?

    Saeed Adyani / Netflix

    Michael Winters: Deve ser algo ligado ao amor pelo material. Foi verdadeiro o tempo todo. Principalmente mulheres e suas conexões com suas mães e filhas, parece ser mais profundo do que eu pensava, não ser mãe ou filha. Mas há algo em que as pessoas simplesmente se apegam àquela cidade, àquele lugar doce e excêntrico ao qual eu acho que as pessoas reagem. Eu acho, eu realmente não sei. É meio misterioso para mim também. É legal, mas eu sei porque sou parado na rua até hoje, anos depois, mesmo em um papel pequeno como o meu. As pessoas estão realmente conectadas a isso. Parece ser uma coisa feminina mais do que qualquer outra coisa, embora conheci muitos homens também, mas principalmente mulheres.

    ET: Quando você é parado na rua, qual a primeira coisa que as pessoas te dizem ou frase que elas lembram?

    MW: Na verdade, falam “Alguém já disse que você igualzinho a esse cara na TV?”. Eu me divirto com isso às vezes. É só a surpresa deei  me verem na rua, nada direto à série. Vou contar essa história ótima. Eu estava esperando por uma mesa em um restaurante em quando visitNova York uma vez e um casal gay veio até mim e disse: “Vamos nos casar e queríamos nos casar em Stars Hollow, procuramos por todo Connecticut até que encontramos uma cidade que era o mais parecida possível e então nos casamos lá”. Achei bem fofo.

    ET: Você tem alguma lembrança favorita do set, talvez um episódio ou momento favorito das filmagens que realmente te marcou?

    Warner Bros. Entertainment Inc.

    MW: Sim, eu já contei isso antes… quando concorro a prefeito, faço isso todos os anos e sempre ganho. Bem, alguém decide estar cansado disso e se candidata em oposição a mim. E estou perdendo na eleição, que normalmente só foi dada a mim. Então, há um ponto em que Lorelai e Luke (Scott Patterson) estão sentados na lanchonete e estão olhando pela janela de vidro para minha sorveteria e me veem sentado lá meio que no escuro, muito triste porque estou perdendo essa eleição e do nada eu pego uma lata de Cool Whip, borrifo chantilly, encho minha [boca] e coloco de volta. Não tenho diálogo. Acho tão engraçado, apenas hilário.

    ET: Em Stars Hollow, Taylor é uma espécie de presidente da cidade. Quem você diria que é o vice-presidente? É a Miss Patty ou o Kirk?

    Saeed Adyani / Netflix

    MW: Putz, é uma boa pergunta. Eu acho que teria que ser o Kirk (Sean Gunn), porque ele aparece em todos os tipos de disfarces. Acho que bem no começo da série, bem, bem no passado. Ele estava em todo episódio, mas ele era alguém diferente a cada vez. Mas demorou um pouco para definirem quem ele era, que ele era o Kirk e que sempre seria o mesmo personagem. As pessoas com quem lidava o tempo todo eram Luke, muito, e as garotas, claro, e Patty (Liz Torres). Liz e eu, quando fazemos as Reuniões da Cidade, ela e eu nos sentávamos no estrado e meio que dirigíamos as reuniões. Demorava o dia todo para filmar e ali não era um set, era uma locação real, a parte interna do que você vê na frente. Era apenas um velho prédio de madeira. Sentávamos lá em cima e eles filmavam por trás da gente todas as pessoas da cidade… Levava o dia inteiro para filmar uma daquelas reuniões. Enquanto isso, Liz e eu apenas sentávamos lá e soltávamos nossas falas. Às vezes não estávamos com a roupa dos personagens durante o dia, não vestíamos o figurino até que chegasse o fim do dia. Vivemos a melhor época. A gente apenas tagarelava e, claro, ela tinha feito de tudo e conhecia todo mundo e trabalhou com todo mundo. A gente tinha uma coisa de ficarmos sentados e um dos dois começava a cantar alguma música antiga ou música pop ou de saloon. Ela conhecia todas… Eu sabia uma parte e ela sabia a outra. Um cantava duas linhas e o outro cantava as outras duas. A gente fazia isso para passar o tempo, quando ficávamos sem outras coisas para conversarmos. Mas essa foi minha época favorita, eu acho. Era muito divertido. Ela é uma pessoa fabulosa. Era ótimo.

    ET: O que você acha que Taylor estaria fazendo hoje em dia?

    MW: Ah, a mesma coisa. Ele estaria correndo por aí tentando consertar alguma coisa ou convencendo alguém a fazer algo, eu não sei. Tentando repintar todas as fachadas ou construir um novo coreto ou sabe-se lá o quê. Como ele lidaria com os semáforos. Ele estava sempre nos semáforos. Porque ele nunca foi, todo mundo sempre fala: “Ah, você é o prefeito!” Eu disse: “Não, não, não sou o prefeito”. David Huddleston, de fato, interpretou o prefeito em apenas alguns episódios. Eu era um ouvidor a quem as pessoas podiam recorrer para resolver seus problemas, uma espécie de intermediário com o prefeito. Mas eu agi como o prefeito. Agi como o rei, na verdade, o presidente, sei lá, comandando as coisas.

    ET: No revival, eles meio que fazem uma referência insinuosa à sexualidade de Taylor.

    Saeed Adyani / Netflix;

    MW: Sim! Achei que demoraram uma eternidade para fazer isso. Fiquei realmente surpreso. Algum tempo antes, houve uma mensagem sobre ‘revistas femininas’ que eles encontraram em sua correspondência ou algo assim. E foi como, “Bem, não era isso que eu estava pensando”. Mas isso nunca foi abordado. Nem a parte gay…Foi o mais próximo que já chegou disso.

    ET: Você sabe que eu tenho que perguntar se você teve alguma conversa sobre possíveis futuros episódios com Amy Sherman-Palladino e Dan Palladino ou mais alguém?

    MW: Não diretamente com eles. Não estou em contato direto com as pessoas. De vez em quando ouço alguém falar, mas acho que todo mundo deixou bem claro que, uma vez que The Marvelous Mrs. Maisel fosse aprovada, esse seria o projeto deles. Eu me lembro quando o revival acabou, eu me lembro de falar com Lauren [Graham] e dizer, “Bem, acho que é isso.” E ela disse: “Bem, você sabe, eu não sei. O quarto filme tem um final muito aberto.” E eu não estava na quarta parte, então não conhecia o roteiro e ela disse: “É muito aberto e poderíamos voltar facilmente.” Mas então Mrs. Maisel aconteceu e eu disse, “Bem, eles nunca vão ter tempo para voltar e fazer isso, mesmo que queiram.” E não sei o quão bem-sucedido o revival foi.

    ET: Acho que as pessoas assistiram e adoraram. E os fãs da série sempre querem mais.

    MW: Com certeza, e os fãs da série sempre dizem: “Quando vai ter mais?” E eu digo: “Não faço ideia”, e falo isso sobre Mrs. Maisel porque finalmente eles foram reconhecidos, Amy [Sherman-Palladino] e Dan [Palladino], pelo trabalho que fizeram. Eles nunca receberam indicações ao Emmy nem nada e houve um burburinho sobre isso às vezes durante a série, eu me lembro. E então, com Mrs. Maisel, de repente eles estavam recebendo o tipo de resposta que mereceram o tempo todo. Eu acho o mesmo da Lauren [Graham]. Acho ela uma tremenda atriz. Ela nunca recebeu o reconhecimento. Sabe, ela trabalha e as pessoas a conhecem e gostam dela e tudo – mas ela deveria ser mais reconhecida por isso.

    ET: Concordo, concordo. Se eles fizessem episódios futuros, você estaria interessado em voltar como Taylor?

    MW: Ah! Em um piscar de olhos. Estou aposentado agora. Em Seattle, onde moro há muitos, muitos anos. Já trabalhei muito no teatro aqui. Acho que a pandemia meio que acabou com isso, para mim. Estou um pouco velho, eu acho. Por mim tudo bem. Eu trabalhei muito. Estou feliz por descansar.

    ET: Esta é a pergunta clássica dos fãs: Team Dean, Team Jess ou Team Logan?

    Warner Bros. Entertainment Inc.

    MW: Veja, eu julgaria tudo isso pelo quão bem eu conhecia os caras. Eu preciso ser amigo do Matt Czuchry (Logan) e do Milo [Ventimiglia] (Jess). Sabe, não somos próximos, mas ambos foram muito legais comigo. E eu gostava dos dois, então não conseguiria escolher. Jared [Padalecki] (Dean), eu não o conhecia muito bem, não me entrosei com ele. Ela estava em boas mãos, embora eu gostasse da imagem rebelde do Milo.

    ET: Em qual das duas você prefere ficar hospedado, a Independence Inn ou a Dragonfly?

    MW: Eu gosto mais da Independence, não sei por quê. Foi a que ficou lá por mais tempo. Pelo que me lembro, ficava nos estúdios. Na Dragonfly, tivemos que ir para outro lugar. Não ficava nos estúdios da Warner [Bros]. Ficava a alguns quilômetros de distância… Fazia parte da simplicidade original do lugar.

    ET: Há um grande debate no fandom de Gilmore Girls sobre a jornada da Rory Gilmore. Ela começa como uma boa devoradora de livros, retrocede quando dorme com um homem casado e depois sai de Yale. Você acha que a jornada dela foi realista?

    Saeed Adyani / Netflix;

    MW: Faz sentido para mim, por mais que eu tenha pensado nisso. Por que não? E eles estavam tentando torná-la contemporânea e aí está uma razão pela qual as pessoas talvez ainda gostem tanto disso. Por mais fantasia que seja, há a realidade por trás disso e das personalidades. Então sim, eu pensei que o que ela fez e onde ela foi fez sentido para mim. Foi reconhecível.

    ET: Taylor estava obviamente muito envolvido com a política local. O que você acha que ele faria no atual cenário político em nosso país?

    MW: Rapaz, essa é uma boa pergunta. Ele parece um cara tão conservador. E ele pode ter sido o tipo que tornaria isso pessoal e evitaria todas as grandes questões políticas apenas para o que queremos fazer por nossa cidade. Qual é o melhor para nós? Não se preocupe com o resto do mundo, vamos lidar com o que está acontecendo aqui e manter tudo aqui. Mas ele deve ter uma mente bastante conservadora.

    ET: O que você acha que Taylor está maratonando ultimamente?

    MW: Sabe, eu não sei.

    ET: Meu palpite seria Yellowstone.

    MW: [Risos] Sabe, nunca assisti, mas tenho uma ideia do que seja. Eu não acho que ele é um cara que vê Breaking Bad ou algo do tipo. Talvez ele goste de casa e jardim, programas de culinária? Coisas caseiras. Eu não acho, voltando à sua pergunta política, eu não acho que ele assiste Fox News ou MSNBC ou qualquer coisa assim. Acho que ele não gosta disso. Ele é um cara muito limitado.

    ET: Há outra Taylor famosa – Taylor Swift – que tem um hit chamado “Cardigan”. Mas eu diria que Taylor Doose a primeira pessoa a usar um cardigã.

    Warner Bros. Entertainment Inc.

    MW: E xadrez, muito, muito xadrez. Adorava as roupas que me davam. Era divertido. Era bom não ter que escolher minhas próprias roupas. Acho que é verdade, sim, porque cardigãs não eram a minha praia. Eu costumava ter um cardigã que usava quando estava fazendo uma audição para um vovô ou algo assim. Eu costumava chamá-lo de ‘suéter do vovô’, que eu acho que era o que Taylor era.

    ET: O que faria para o cardigã Taylor Doose perfeito?

    MW: Hmm, não muito vistoso, simples. Talvez aqueles botões que são de couro, botões de couro. Um pouco nessa pegada. Mas elegante, bem elegante, estruturado, aceitável.

    ET: Houve várias estrelas convidadas, como Adam Brody (Dave Rygalski) e Jon Hamm (Peyton Sanders), e até regulares como Melissa McCarthy (Sookie St. James), que tiveram grande sucesso e estrelato.

    MW: Milo.

    ET: Sim. Houve alguém que particularmente o surpreendeu com a forma como sua carreira disparou após a série?

    Saeed Adyani / Netflix

    MW: Não, Melissa foi a maior porque ela foi mais longe. Ela ainda é uma grande, grande estrela, maior do que a maioria deles. Não, não posso dizer isso. Eles contrataram pessoas realmente muito boas. Acho que o que talvez tenha me surpreendido foi que talvez não houvesse mais pessoas que continuaram, especialmente os jovens, porque isso foi feito para um público jovem. Muitas dessas pessoas eram muito atraentes, muito carismáticas. Então não posso dizer que me surpreendeu. Estou surpreso por não haver mais gente.

    ET: Os fãs da série ficaram arrasados ​​quando Ed Hermann (Richard Gilmore) faleceu em 2014. Eles mostraram um pouco dessa perda no revival. Eu sei que Taylor não teve muitas cenas com ele, mas você tem alguma lembrança favorita de trabalhar com Ed?

    MW: Quase nunca lidei com ele diretamente. Tive um jantar de Ação de Graças na casa deles, onde me sentei perto dele e conversamos. Isso é o mais próximo que já cheguei dele. Fiz mais coisas com Kelly [Bishop, que interpretou Emily Gilmore]. Eu vou te contar uma coisa sobre ele, apenas um grande cara da velha guarda, sólido. Mas adorei o que eles fizeram, você disse que eles fizeram referências a isso no revival. Achei brilhante. Eles tinham aquele quadro gigante, que ela tinha dado as dimensões erradas. Tinha uma foto dele do tamanho da parede e toda vez que iam à casa dela, lá estava ele, maior que a vida. E eu pensei que era uma enorme, grande e fofa homenagem a ele. Que ele sempre estava lá. Ele parecia ser um cara legal. Ele certamente fez um trabalho maravilhoso.

    ET: Ao longo dos anos você já teve alguma interação bizarra ou surpreendente com fãs?

    MW: Na maior parte das vezes eles são apenas fofos e meio nostálgicos. Em grande parte, eram garotas quando assistiram, até mesmo hoje. Eu dizia: “Como você pode saber disso? Você é muito jovem”. Bem, é claro que todo mundo assiste, eles têm os DVDs ou veem as reprises no UPtv ou onde quer que seja. São lembranças doces e calorosas, uma nostalgia de um tempo feliz. Elas se conectavam com suas mães através da série. Isso foi uma coisa importante. E, claro, conheci mães que sentiam o mesmo. Houve alguém que disse: “Eu tenho um namorado no Afeganistão e ele vive para Gilmore Girls”. Ele foi um dos poucos homens que conheci, que era um verdadeiro fã hardcore. Mandavam fitas VHS para ele todas as semanas quando estava no ar. Achei isso ótimo. E eu apostaria dinheiro que isso tem a ver sua cidade natal e os amigos na volta para casa e todas essas coisas de família e proteção, também.

    Se você mora nos Estados Unidos ou tem acesso aos canais de lá, a maratona Gilmore the Merrier está sendo exibida desde o dia 21 de novembro e vai até o próximo dia 27, às 5h da manhã, horário de Brasília.

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